Começa hoje a série 'Inspire-se!'. Nessa série, contaremos o relato de várias pessoas que viajaram e modificaram o mundo e a si mesmas de alguma forma. Os nomes da lista foram escolhidos com muito carinho e por motivos bem específicos. A ideia é que possamos alargar nossos horizontes através dos olhares dessas pessoas incríveis. cada história conta um pouquinho sobre os sonhos delas e como fizeram para atrelar suas aspirações e ideias a propósitos maiores!
e essa é a história da Lorena, uma menina de 20 anos que tem levado beleza e motivação por onde passa, com seu sorriso largo e seu coração cheio de disposição!
* * *
Eu me chamo Lorena Stephanie, tenho 20 anos. Sou cearense, estudo
Psicologia e sou apaixonada por trabalhar com pessoas. Comecei a realizar
trabalho voluntário oficialmente aos 18 anos e foi quando eu aprendi que quanto
mais tempo eu invisto em uma causa que acredito, mais eu cresço e me desenvolvo
como profissional e como ser humano.
Entrei na Universidade aos 17 anos e estava descobrindo um mundo
novo, procurando por desafios que me tornassem uma pessoa melhor. Foi então que
fiquei sabendo que uma prima minha tinha ido para a Romênia desenvolver um
projeto social na área de Educação Cultural, achei aquilo incrível,
principalmente quando conversei com ela sobre as diferenças culturais que ela
tinha vivido, sobre o domínio de um novo idioma e outras experiências que ela
viveu por lá.
Então, ela me apresentou a AIESEC, uma organização global, sem fins
lucrativos, gerida inteiramente por
jovens universitários, que promove experiências internacionais com o objetivo
de desenvolver liderança em jovens para alcançar a paz mundial e o
desenvolvimento das potencialidades humanas. Uau.
Realmente me conectei bastante com a proposta da organização e era
exatamente o que eu estava buscando, me desenvolver enquanto desenvolvia outras
pessoas. Lembrei bastante de uma frase do Aristóteles que diz “onde cruzam meus
talentos e paixões com as necessidades do mundo, lá está o meu caminho."
(Aristóteles)
Foi então que eu decidi buscar a AIESEC e fazer meu intercâmbio
voluntário. Talvez não fosse o melhor momento da minha vida, talvez eu não
tivesse tanto dinheiro assim, mas se eu não tomasse uma decisão, nunca ia
acontecer. Lembro que a partir disso, foi tudo muito rápido, logo entrei no
sistema e comecei a buscar meu projeto.
Eu queria ir para a África, encontrei projetos bem legais lá, mas um
dia estava pesquisando em grupos internos da AIESEC e vi uma postagem de uma
brasileira muito feliz por ter ido pra India. Parei pensei em voz alta,
“India.” Por que não? Já tive que explicar algumas vezes porque eu escolhi a
India e a explicação mais sincera é que a India que nos escolhe. Lembro que fui
conversar com a minha mãe e disse: “Mãe, vou pra India.” E ela respondeu: “Pra onde?” com aquela
esperança de mãe que eu pudesse dizer algum destino menos exótico.
Quando eu dizia com completa empolgação para os meus amigos, que
estavam sonhando em ir pro Canadá ou pros EUA, que eu estava indo pra India
por dois meses para realizar um projeto social, eles não entendiam muito bem.
Foi, então, que durante as férias do meio do ano de 2012, eu agreguei uma
experiência fantástica ao meu currículo e a minha história de vida.
Então, aos 18 anos eu entrei na AIESEC como membro e realizei o meu
intercâmbio social pra a India, onde desenvolvi dois projetos, um na área de
Educação Cultural e o outro na área de
Direitos Humanos.
A Índia é um país completamente diferente e por isso tão especial,
além de ter convivido com pessoas de diversas nacionalidades durante o meu
projeto, também tive a oportunidade de viver em um país com diversas religiões,
línguas, comidas, tradições, bem diferentes do que eu acostumava a ver no
Brasil. Todo esse choque cultural me fez entender que mesmo que as pessoas
pensem, ajam e se relacionem de maneira diferente, no final somos todos
cidadãos do mundo.
O mais importante de toda a experiência, com certeza, foi a mudança,
mesmo que pequena em um primeiro momento, que o meu trabalho impactou na vida
de pessoas lá. No meu primeiro projeto, eu dava aula sobre cultura brasileira
para crianças de algumas escolas de Calcutá. Era muito interessante vê-los
descobrindo sobre a cultura de um país tão atrativo como o Brasil e me
oferecendo em troca todo o carinho da cultura indiana. Até hoje mantenho
contato com muitos dos meus alunos e alguns conversam comigo algumas pequenas frases
em português, pois se desafiaram a aprender depois que eu estive lá.
Já o meu segundo trabalho era ensinar inglês para crianças carentes
de 3 a 5 anos em um ONG. Essas crianças estavam morando lá integralmente e
tinham sido tiradas das ruas, da guarda dos pais por abuso ou mal tratos ou por
diversas outras razões que nem vale a pena lembrar. Quando eu mostrava no globo
de onde eu era, elas me perguntavam se eu tinha vindo do outro lado do mundo só
pra cuidar delas. Foi nesse momento que eu percebi que não precisava ter um
background extenso para estar ali, mas ser um outro ser humano preocupado em
oferecer algo bom pra elas e em troca ganhar uma experiência muito rica de
transformação pessoal. Esses momentos me ajudavam a me manter bastante motivada
a realizar o meu trabalho!
Bom, essa é um pouco da minha história de intercâmbio, como a de
muitos outros jovens que resolveram sair das suas zonas de conforto e liderar a
sua jornada mundo a fora.
Hoje, aos 20 anos, sou Presidente da AIESEC em Fortaleza e lidero
quase 100 jovens, além de já ter tido a oportunidade de representar a AIESEC em
alguns países, como México, Rússia, Bélgica e o próximo destino será Taiwan. Os
meus próximos passos de carreira ainda estão conectados com a AIESEC, a
conclusão da minha faculdade e continuar trabalhando com algo que gere uma
mudança positiva no mundo.
Lorena Stephanie
(lorena.stephanie@aiesec.net)
* * *
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